Brusque recebe premiação do Ministério da Saúde na erradicação do HIV em recém-nascidos e selo ouro de boas práticas para eliminação da transmissão vertical da sífilis

A Secretaria de Saúde recebeu na quarta-feira (07), em Brasília, o certificado de erradicação do HIV em recém-nascidos e o selo ouro de boas práticas para eliminação da transmissão vertical da sífilis, ou seja, quando a criança é infectada durante a gestação, parto, e em alguns casos, durante a amamentação. Nos dias 05 e 06, de outubro representantes do Ministério da Saúde estiveram em Brusque e avaliaram o trabalho realizado.

O secretário de Saúde, Osvaldo Quirino de Souza, ressaltou a importância do reconhecimento e reafirmou o compromisso do município na sequência dos trabalhos. “Com certeza ficamos felizes, mas sabemos também que o trabalho é constante, precisamos manter as nossas ações, pensando sempre no bem da população. Parabenizo a todos os nossos servidores envolvidos nesse resultado positivo. É uma boa notícia que deve ser comemorado por toda a sociedade brusquense”.

O médico infectologista, Ricardo Freitas, esteve em Brasília e destacou que Brusque foi um dos 45 municípios do país que recebeu as premiações. “Todo mundo da área da saúde está de parabéns, da Atenção Básica até os hospitais. É uma satisfação muito grande saber que não tem nenhuma criança nascendo em Brusque com HIV, uma doença que tantos estragos já fez no passado. E a outra premiação, o selo ouro em relação a sífilis, esse temos um caminho muito difícil para chegar na erradicação, mas estamos bem perto, vamos continuar trabalhando para termos um resultado positivo”.

Estiveram em Brasília para receber o selo a coordenadora do Serviço de Assistência Especializada (Sae), a enfermeira, Adrielly Fernanda Roma Silva e o médico infectologista, Ricardo.

O que é o selo ouro

O selo de ouro de boas práticas que certifica estados e municípios que estão próximos da eliminação da transmissão vertical da sífilis e do HIV. Recebe o reconhecimento a cidade com uma taxa de incidência de crianças infectadas pelo HIV menor que um caso por 1.000 nascidos. No que diz respeito à sífilis congênita, para receber o selo ouro os números de incidência devem ser menores que 2,5 casos por 1.000 nascidos vivos, estatísticas que o município de Brusque alcançou.

Os dados analisados, conforme edital, são referentes aos anos de 2019 e 2020, quando Brusque alcançou respectivamente 96% e 95% dos indicadores utilizados como parâmetro para receber o selo.

Confira os indicadores

• Cobertura mínima de quatro consultas no pré-natal;
• Cobertura de gestantes com pelo menos um teste para HIV no pré-natal;
• Cobertura de gestantes infectadas com HIV em uso de terapia antirretroviral;
• Cobertura de crianças expostas ao HIV que receberam profilaxia antirretroviral adequada; – Cobertura de gestantes com pelo menos um teste de sífilis no pré-natal;
• Cobertura de gestantes tratadas adequadamente para sífilis;